“Preciosa é aos olhos do Senhor a morte dos seus santos.” Salmo 116:15
“Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia.” 2 Timóteo 4:7-8
Foto: Pr. Francisco Porto (destaque), Pr. Paulo Bezerra e Pr. Heder Medeiros.
Francisco Porto – Ministro do Senhor
Registre-se que na manhã do dia 19 de Julho de 2013, sexta-feira, retornou a Deus o espírito de Francisco Porto de Almeida, ministro do Senhor na presente século.
Nascido em Fortaleza, Ceará, a 4 de Abril de 1938, casou-se a 24 de Maio de 1953 com Isolda Bezerra, com quem teve três filhos: Francisco, Paulo e Evelyne.
A exemplo de Pedro, foi encontrado pelo Senhor em trabalhos seculares, a saber, nos Correios e no Banco de Crédito Real, para destes ser igualmente retirado, em virtude do sublime chamado para o ministério.
Seja mencionado o nome do Irmão Magalhães, homem simples, o mecânico de automóveis que ministrou-lhe a Palavra inicialmente. Comprove-se aqui a força do “ide” no cotidiano, capaz de gerar um ministro do Evangelho.
Seja mencionado o nome do Pastor Josias Terezi, precursor da Igreja Metodista no Ceará, que num intervalo entre fevereiro e outubro lançou no coração de Francisco Porto o ideal do serviço a Deus, cujos primeiros passos foram dados no fim da linha do transporte que levava ao Parque São José, em Fortaleza.
Não muito depois de tal semeadura, este mesmo Josias morreu em missão, a caminho da cidade de Croatá. Contudo, sua morte não foi em vão, mas resultou em fortalecimento do apelo de Deus a Francisco Porto.
Seja mencionado o anjo do Senhor, que fez com que uma simples criança sintonizasse no rádio, em aparente acaso, o anúncio da pregação do Pastor Fanini em praça pública em Fortaleza. Para ali Francisco Porto se dirigiu, e ali foi decisivamente tocado.
Todos os dias, antes de jantar, lia para a esposa e para os filhos o Guia Devocional Metodista, e assim cumpria a ordenança apostólica, contida em I Timóteo 3:4, onde se lê respeito do ministro do Senhor: “Que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia”. Em auxílio a isto, madrugava para orar pelos filhos, e jejuava pela família nas quartas-feiras. A adesão de seus descendentes ao Evangelho testifica a autenticidade de seus esforços.
Dentre as ordenanças do Senhor, três se evidenciaram no ministério de Francisco Porto:
I. Ser manso e humilde;
II. Orar, vigiar e jejuar sempre, sem jamais desfalecer;
III. Estender a mão aos atribulados.
Para cumprir esta última ordenança, não media esforços, e dentre estas três, era a que distinguia o seu ministério.
Ordenado no ano de 1977, Francisco Porto de Almeida foi o primeiro Pastor Metodista levantado no Nordeste do Brasil. Inaugurou seu ministério em Olinda; passou por Natal, João Pessoa e Mossoró, até retornar a Fortaleza.
Não freqüentou uma escola formal de Teologia. Foi forjado como Pastor no seio de própria Igreja, no exercício da diaconia e do evangelismo.
Não escolheu para si o caminho da oratória rebuscada, e isto jamais lhe impediu de garantir o entendimento da Palavra de Deus por aqueles que o escutavam.
Não concordava com a aposentadoria para pastores.Acreditava que somente Deus poderia
decretar o recolhimento de uma carreira ministerial.
Foi um Pastor em essência, no tocante
ao ouvir, aconselhar, acolher, cuidar, encaminhar.
Era conciliador.
Acreditava, com o livro do
Eclesiastes, que há um tempo para cada coisa. Orava, com o Salmo 40, que devemos
esperar com paciência no Senhor, o qual ainda opera maravilhas, firma os nossos
passos, renova o nosso ânimo e cuida de nós em nossas necessidades, sem se
deter. Estas passagens da Escritura lhe falavam muito.
Que as suas virtudes pastorais sejam distribuídas
entre herdeiros escolhidos pelo Senhor, para que assim o seu ministério perdure
até o arrebatamento da Igreja.
Texto do Pastor Rotsen Aguiar.
